domingo, 4 de novembro de 2007

Acadêmicos de comunicação visitam Itaipu


Além da visita às instalações alunos puderam saber mais sobre a comunicação interna e externa da usina

Edla Mattoso

Um sábado diferente para os alunos da UDC do curso de Comunicação. Coordenados pela professora Sonia Mendonça, as turmas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas puderam conhecer um pouco mais do funcionamento da usina Hidrelétrica de Itaipu. Focados em suas disciplinas procuraram extrair o máximo de informações, principalmente no que diz respeito ao funcionamento da comunicação dentro de um complexo tão gigantesco.
O grupo foi recebido pela relações públicas Marta Costar, Claudio Benetta, responsável pela divisão de Imprensa e Terezinha Crauspenhar que foi a orientadora da visita às instalações.
A primeira atividade foi uma breve palestra sobre a organização da empresa. Marta Costar, a responsável pelas visitas institucionais e outros eventos falou sobre as noticias veiculadas na mídia e o pouco investimento em publicidade: “A Itaipu não um grande anunciante, talvez sejamos os únicos que não precisamos de publicidade para vender nosso produto que é a energia elétrica” – afirmou. A empresa estaria mais para propaganda do que para publicidade, sendo algo mais diário como banners, panfletagem segundo a RP.
Costar lembrou o positivismo envolvendo qualquer veiculação na mídia sobre a usina e apenas lamentou o mesmo não acontecer do lado paraguaio que por questões políticas acabam impedindo a mesma tranqüilidade.
Em seguida foram exibidos alguns slides apresentando os objetivos da assessoria de comunicação social e toda a hierarquia da empresa. Costar fez questão de lembrar que as decisões são sempre tomadas partindo de um diretor brasileiro e outro paraguaio, fazendo jus ao termo Binacional.
A comunicação interna acontece através da intranet, do jornal eletrônico (JIE) e do jornal mural (JIM). Claudio Benetta afirmou que o JIE está em constante reformulação buscando sempre a maior interatividade. As atualizações são feitas duas vezes por dia e os avisos vão por e-mail para os funcionários. As mesmas noticias do jornal eletrônico vão para o jornal mural:” Procuramos incentivar a participação do funcionário em todos os recursos oferecidos no JIE”–explicou.


Uma área onde “dinamismo” é a palavra chave
Marta Costar revelou a dificuldade referente ao acúmulo de funções para os funcionários de comunicação: “Nós somos responsáveis por todos os eventos da Eletrobrás em Foz, que é dona de 50% da Itaipu e esses eventos duplicaram-se nos últimos tempos” – confidenciou. A equipe é formada por dois jornalistas e dois estagiários. Em janeiro mais dois jornalistas concursados serão integrados a equipe para melhorar principalmente a comunicação externa.
As visitas institucionais não têm um programa definido segundo Costar. A RP não sabia a procedência dos visitantes e, além disso, surgiram as demandas das escolas públicas, visitas essas que não deveriam ser cobradas. Por esse motivo foi necessário realizar uma maior organização. A maior preocupação é com a segurança do trabalho operacional que segundo as regras deveria haver um acompanhante para cada visitante.
Mesmo não tendo obrigatoriedade, a Itaipu procura seguir sempre as regras de licitação. Isso provoca uma demora em qualquer compra que a empresa realiza. Um exemplo é o novo vídeo que já está pronto e não pode ser apresentado porque o novo equipamento que foi comprado ainda não chegou o que deve acontecer dentro de dez dias.
Mesmo sobrecarregados os profissionais de comunicação da Itaipu procuraram apresentar alguns projetos nos últimos tempos como:
- coleta seletiva apropriada à empresa
- implantação da reciclagem de todas as lâmpadas
- Coleta voluntária entre os funcionários para doação ao hospital Ernesto Geiser
- Semana interna de prevenções de acidentes
Quando questionada sobre a responsabilidade social da empresa, Costar afirmou que para isso existe uma assessoria em Curitiba e concluiu a palestra esclarecendo que apesar do grande propósito de organização, a parte de comunicação da Itaipu não foge a regra que todos os profissionais da área já conhecem: “Tudo tem que acontecer muito rápido, muito dinâmico, estamos sempre no sufoco, sobrecarregados e apesar disso precisamos seguir as regras de uma empresa que procura ser o mais transparente possível” - finalizou.
Apesar da clareza de Marta Costar quanto às dificuldades encontradas no setor de comunicação, os acadêmicos comprovaram a capacidade de organização e investimentos positivos quando começaram a ultima atividade do dia: a visita à usina.

Preocupação com o meio ambiente
Os acadêmicos foram ver a usina, acompanhados de Terezinha Crauspenhar que está na Itaipu desde 1977 quando fazia parte de uma empresa contratada e passou a ser efetivamente da Itaipu em 1996. O passeio revelou a real grandeza da obra e evidenciou muitas outras ações voltadas para a preservação da natureza. Logo no início o canal da Piracema com 10 km de extensão construído devido à preocupação com os peixes que ali viviam e tiveram uma mudança ambiental com a construção da usina. O canal foi palco do recente campeonato de canoagem que aconteceu obviamente fora do período da Piracema.
Crauspenhar lembrou que a obra em seu momento de pico chegou a mobilizar 40 mil trabalhadores ao mesmo tempo e no grande rodízio de pessoas que vinham para trabalhar na construção e acabavam desistindo, mais de 100 mil pessoas passaram por Itaipu. Pode-se observar o Bosque dos Trabalhadores, onde cada funcionário que completa 15 anos de Itaipu é convidado a plantar uma árvore, mais uma forma de compensar o que foi tirado da natureza com a construção da usina.
Um veículo movido á energia elétrica encontrava-se estacionado e pode ser observado, demonstrando a intenção do grupo em investir em mais uma medida contra a poluição ambiental.
Nas salas de controle comprovou-se novamente a correta divisão no numero de funcionários brasileiros e paraguaios. Em uma delas o tamanho impressionava e havia apenas dois funcionários novamente divididos nas duas nacionalidades. O comentário principal entre os acadêmicos era da possível monotonia daquelas duas pessoas.
Durante as três horas de visitas, o olhar do acadêmico, diferente do olhar de um turista pode registrar comprovar ou reforçar a grandiosidade no tamanho, na organização e na história da maior usina hidrelétrica do mundo.

Um comentário:

Carlos Luz disse...

então... o que achou do meu modelito kitsch???? eu adorei!!! hahahaha...
capricha no teu hoje heim amiga... a concorrência é grande!!!!!
abração e até o desfile...rs