quarta-feira, 28 de novembro de 2007

THE END!

Como prometido, aqui vai o final da história da Mariazinha:
A cirurgia foi um sucesso e ela foi pra casa logo no dia seguinte. No último domingo ela precisava voltar para o Maranhão. A guia da excursão disse que não tinha condições de levá-la , pois o onibus estava carregado e ela não iria conseguir se locomover. O jeito era arcarmos com uma passagem aérea pra ela. A reação imediata de Mariazinha foi negar a oferta pelo medo que têm de avião. Disse que não ia nem morta rsss.Resolveu que queria uma passagem de onibus convencional ( 3 dias de viagem). Só pediu para que comprássemos também uma para a amiga acompanhá-la na longa viagem. Atendemos seu pedido e lá se foi Mariazinha, voltar pra sua terra com muita novidade pra contar e, esperamos nós, sem maiores complicações pelo ocorrido.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Uma tarde com Mariazinha

Parece redundante , mas nossa vidinha é realmente imprevisível. Confiamos muito que nosso dia se repetirá mais ou menos como o anterior...ledo engano.
Relato de uma tarde diferente:
Saio tranquilamente do meu trabalho com meu excelentíssimo ao volante. Um pouco abaixo da Monalisa,no Paraguai, em velocidade bem pequena (por sorte), eis que surge do nada uma senhora de cabeça baixa em plena avenida na frente do nosso carro. Barulho...susto....o Rada (lê-se meu marido) pára o carro e eu fecho os olhos, não saio do lugar. Em segundos a multidão se aglomera ao redor da "vítima" . Eu ainda sem coragem de ir olhar, deixei que o Rada visse o que realmente aconteceu, qual era a gravidade. Somente quando ouvi ele falar que foi só no pé, tomei coragem e fui ver as consequências da batida. Sangue não havia, mas a pequena senhora, que já tinha uma deficiencia física de nascença gemia de dor deitada no asfalto. O Rada não sabia o que fazer, porque a princípio não sabia se era paraguaia e se o correto era chamar um socorro para não piorar a situação ao mexer nela de maneira errada. Até que ele acordou, estava em CIUDAD DEL ESTE, lá não tem SIATE, infelizmente. Nesse momento chegou a única parente daquele senhora que tinha visto toda a cena e já chegou exclamando: "Mariazinha, por que vc se afastou de mim, vc sabe que não pode andar sozinha, eu vi vc entrando na frente do carro!" -gritava.
Nisso, ajudados pela parentesca colocamos Mariazinha no carro e fomos para o Hospital Costa Cavalcante. Lá procuramos atendimento do Sus, mas logo recebemos resposta negativa, então a encaminhamos particular mesmo.
Ficamos lá esperando o resultado do raio x, porque na verdade estávamos confiantes que seria apenas uma torção, até pelo comportamento da vítima que parecia controlada. Mas o resultado foi bem diferente: Mariazinha quebrou o tornozelo, era tudo muito mais sério do que esperávamos. O que parecia ter hora marcada pra acabar, começou alí.
Procuramos saber quem era exatamente Mariazinha: Uma senhora de 38 anos, do Maranhão, que enfrenta todo mês umaviagem longa de excursão , para comprar uma em torno de R$ 3000 de isqueiros e outras quinquilharias para revender no interior do Maranhão a fim de sustentar a avó e um sobrinho que moram com ela.
Mesmo diante do diagnóstico preocupante, pois somavam-se aos problemas que ela já tinha, como osteoporose, o choro passou a ser de desespero para voltar pra casa e poder dar continuidade ao comércio que lhe rendia uma renda mínima,mas totalmente fundamental.
O médico nos deixou claro que com as condiçoes de Mariazinha , facilmente ocorreria uma trombose no local e o perigo de perder a perna era eminente.
Diante dessa afirmação, meu marido a internou e na mesma noite foi feita a cirurgia. Ela está se recuperando bem e logo deve retornar à sua rotina.
Conviver com tal situação faz qualquer um refletir sobre as diferenças sócio-econômicas, sobre os sacrificios que alguns precisam fazer para sobreviver. Deprimente, ver aquela pessoa que mesmo antes do episódio nos envolvendo, necessitava de cuidados especiais, levando uma vida daquela. E a maior preocupação dela era sempre voltar pra casa e principalmente continuar com suas atividades.Não saber que existem milhares de Mariazinhas no Brasil seria muita alienação, mas acompanhar todo o fato é bem diferente de discursos imaginários sobre essas duras realidades.
Mariazinha do Maranhão, uma figura que mudou a nossa e a própria rotina em segundos, está se recuperando. Estamos fazendo todo o possível pra isso. E se esse episódio tiver uma continuação importante, relatarei futuramente nesse blog.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

WEBJORNALISMO: ATRATIVOS E FUTURO

Profissionais das áreas de Tecnologia de Informação e Comunicação Social analisam os segredos de atratividade e os caminhos que tomarão esse segmento surgido nos anos 90
Por Edla Mattoso
Me lembra notícia quentinha”! Essa foi a primeira frase ouvida durante as pesquisas para essa matéria sobre jornalismo na web. A afirmação foi do profissional de T.I (Tecnologia de informação), Eder Nicolau Cardoso que, nesse caso, depõe como leitor assíduo da internet até pela exigência da profissão. Ouvir o leitor permite-nos identificar melhor quais seriam os principais atrativos na busca constante pelo público on- line. Não seria o caso de acabar com os adeptos às grandes páginas impressas, mas apenas conquistar uma fatia considerável desse mercado objetivando a consolidação já obtida, mas sempre necessitada de inovações.
Para Cardoso, que vive inserido no mundo da tecnologia, o segredo de atratividade das notícias na web é a própria natureza do meio, com possibilidades de hyperlinks e o formato multimídia das páginas, agregando uma interatividade que amplia em muito o entendimento e inter-relacionamento entre os assuntos das matérias: “A possibilidade de com um simples clique, você assistir no momento (sem hora marcada) e quantas vezes quiser, a uma reportagem, ou ainda rever históricos de notícias ou ocorrências relacionadas ao mesmo assunto, trazem facilidade e comodidade ao leitor ”-define. O profissional ainda cita como diferencial a diversidade e o volume de informações disponíveis como: agências de notícias, indicadores econômicos ou de mercado on-line, informações que no mundo pré-internet eram exclusivas de assinantes ou acesso restrito.
O analista de Comunicação Social, Marcus Carvalho (
http://blogdomarcuscarvalho.blogspot.com), pós-graduado em Comunicação nas Organizações pela Universidade Católica de Brasília (DF) lembra que mesmo em um ambiente tão democrático, é importante seguir algumas regras também respeitadas em outras mídias. Carvalho cita os Manuais de Redação, Códigos de Ética e Conduta, entre tantas outras dicas para formatar um texto na internet e respeitar o leitor, anunciantes, investidores, entre outros envolvidos, como regras que não podem ser ignoradas. Sobre as principais mudanças ocorridas desde o surgimento até o hoje, o profissional aponta a própria rotina jornalística de produção, apuro da informação e a difusão da notícia: “O jornalismo on-line não diminuiu o jornalismo impresso, mas o modificou a uma adaptação constante, fazendo repensar seus discursos e exigindo novos requisitos de seus profissionais”-afirma.
Para o analista, o grande diferencial no webjornalismo é a busca pela informação de várias maneiras e utilizando diversas fontes, (seja no próprio ambiente da web, como em um blog ou uma comunidade no Orkut ou mesmo com seus usuários) e a interatividade entre o leitor e o jornalista, onde a mesma relação pode quase que instantaneamente, definir o rumo de uma notícia que foi veiculada pela manhã e alterada até o final do dia, ou se transformar em capa principal no dia seguinte: “Essa relação é o grande diferencial para conquistar novos leitores, tornando a notícia mais próxima da realidade do leitor” completa.

FUTURO: Não pensando apenas no meio, mas principalmente, no profissional do futuro, quem ficará?
Ao falar sobre o futuro do jornalismo na internet Marcus Carvalho acredita que dois fatores permanecerão para a realização de um bom texto: as regras que já são usadas no jornalismo impresso e o bom senso para adaptá-las no ambiente virtual, onde na primeira podemos respeitar tudo o que já foi desenvolvido como o lide e outras regras que aperfeiçoam o texto para o leitor; e no segundo, um bom senso de colocar uma informação de fácil leitura e dinamicidade dentro do ambiente on-line e no formato web: “O futuro do web-jornalismo vai ser o profissional de jornalismo utilizar a própria internet como fonte e veículo de informação,além da instantaneidade da informação onde a mesma passa a ser global e diversificada”-finaliza.
Eder Cardoso, aposta mais alto nas mudanças, visualizando uma ampliação dos mecanismos de acesso e personalização das notícias de acordo com o perfil do leitor. O profissional de T.I lembra que além do computador e o celular que hoje travam uma disputa com as mídias convencionais, como televisões e jornais ou revistas impressos pela divulgação das notícias, novos veículos devem rapidamente entrar nessa competição. Cardoso cita a atuação da computação ubíqua (
http://neei.uevora.pt/~jay/cubi/), que busca prover comunicação (leia-se acesso a informação e serviços) onde e quando ela seja necessária, como fator que agregará maior visibilidade e facilidade de acesso a informação: “Seria algo como receber orientações de saúde e beleza, bem como propaganda de cosméticos no espelho do banheiro; ofertas de supermercados ou aviso de validade de produtos na porta de geladeira e com um clique de confirmação receber a reposição de algum alimento que acabou; placas ou outdoors de rodovias inteligentes que fornecem a situação das estradas, rota alternativa; clima e custo de combustíveis; resumindo: a gama de opções vai aumentar consideravelmente, enfim, creio que a adesão à internet seja algo irreversível”-adianta.
Analisando as opiniões dos dois profissionais fica possível assimilar o quanto a internet foi um importante impulso para o futuro da informação e que desencadeará outras novidades. Torna-se imprescindível uma auto reavaliação do comunicador, procurando estar sempre atualizado e cada vez mais dinâmico, para poder acompanhar a evolução que não para.
Marcos Palácios, diretor da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e Professor Adjunto de Jornalismo Online e Novas Tecnologias de Comunicação sugere o site
www.facom.ufba.br/jol, onde estão disponíveis materiais específicos sobre estudos do web-jornalismo. Mais uma prova de que a rede possui muitos mecanismos para trabalhos jornalísticos que poderão ser utilizados pelos atuais e futuros profissionais. Recursos esses que nunca dispensarão a importância da sabedoria do usuário, principalmente o comunicador que precisa utilizar de forma adequada e não tornar-se um copiador de trabalhos já realizados. Atualização e interesse pela pesquisa correta poderão determinar o sucesso ou não na profissão do jornalista, independente da área escolhida.

Através da Pesquisa, novas descobertas: nem todos os profissionais de comunicação COMUNICAM-SE!
Tudo parece muito fácil através da rede, mas existem algumas dificuldades que poderiam render outra matéria. Ao realizar a pesquisa com fontes da internet, muitos acadêmicos acabam decepcionando-se com a ausência do retorno. Pode-se encontrar um ponto positivo nesses obstáculos quando o estudante é obrigado a aprofundar a pesquisa com várias fontes (leia-se mandar muitos e-mails) até obter alguma resposta. Mas essa falta de cooperação dos profissionais com os acadêmicos no contato via internet é outra característica natural do meio, afinal, nos moldes antigos, o contato seria realizado por telefone, por exemplo, e seria bem mais difícil a pessoa se esquivar de responder a uma pesquisa acadêmica pertencente a sua área. Pela internet, ou ele se restringe a não responder ou manda respostas evasivas como: “Desculpe, mas não sou especialista na área”. Ao mesmo tempo é possível encontrar profissionais que, mesmo sendo especialistas em outras áreas, são antenados com a tecnologia (característica básica de quem trabalha com a comunicação) e se mostram totalmente disponíveis em repassar seus conhecimentos e opiniões.
A questão é até aonde um comunicador que expõe seu contato on-line pode eximir-se da função a que se propõe na rede, ou seja, discutir a comunicação, principalmente no meio acadêmico. Mas a atitude de algum deles representa também a frieza característica do mundo digital, de quem entra na rede sem preocupar-se com o que se espera dela, a interatividade como meio de conhecimento, mas isso já deixo como sugestão de outra pauta.

sábado, 17 de novembro de 2007

FERIADO COM CAOS NA FRONTEIRA!!

Mais uma demonstração da falta de estrutura adequada para atender ao turista
Por Edla Mattoso
Como já se esperava , o feriado de 15 de novembro trouxe muitos turistas à Ciudad Del Este. E pra variar a confusão se estabeleceu na Aduana Brasileira. Dessa vez acompanhei tudo de dentro do meu carro. Não arrisquei levar comigo uma agulha para não passar o que passei na última vez(e registrei aqui).
Assisti de camarote (se é que ficar parado no mesmo lugar por uma hora na fila de carros pode-se chamar de camarote, mas pior estavam os pedestres) a mesma cena repetida em datas assim. O semblante das pessoas era de indignação. SuzanaGonzales,23, trabalha na cidade vizinha e relatou a falta de opção do funcionários da Receita mediante a multidão: " Chegou a um ponto em que estavam deixando as pessoas passarem pela aduana de saída do Brasil, na parte de baixo onde antigamente funcionava a de entrada também, só se ouvia gente reclamando"-contou.

Quanto à imprensa meu único bálsamo foi a reportagem de capa do Jornal impresso A Gazeta do Iguaçu, espero que os outros meios de comunicação tenham feito o mesmo.Uma reportagem clara, mostrando a realidade que algumas mídias insistem em esconder!

A grande dúvida é saber até quando essas pessoas continuarão vindo prá cá enfrentar essa maratona desgastante para, na maioria das vezes, comprar apenas lembrancinhas. E aí vem o Natal!!! Mas é isso aí, o brasileiro não desite nunca!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

SEMANA ACADÊMICA DE COMUNICAÇÃO 2007


Por ter participado todos os dias , me sinto no direito de fazer alguns comentários:

Aquela velha história de reclamarmos da ausência de melhores palestrantes e melhores oficinas se repetiu. Eu tambem não posso dizer que todas as palestras foram perfeitas e minha maior reclamação é sobre a Oficina do dia 06 de novembro. Marcaram para as 17hs, ou seja, nem lembraram que a maioria trabalha. Pagamos o mesmo valor e além do conteúdo, perdemos dois carimbinhos do Mikey, é mole???


Críticas à parte, no final concluo, que se conseguimos tirar proveito de 10 minutos de cada assunto apresentado já significou um adicional.


Mas o melhor de tudo foi ver a nossa colega Monique Suelen expor no saguão o seu trabalho sobre o lead no jornalismo. Faço questão de registrar aqui a coragem da Monique que faltou a nós todos. PARABÉNS AMIGA!


Desculpem a fotinha não tão boa ,mas isso merece um registro. Até mais!!

A verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho


A maioria das pessoas conhece a história da Chapeuzinho Vermelho com um final feliz. A personagem principal sai ilesa e inclusive a vovózinha depois de devorada pelo lobo mau é salva pelo caçador. Mas na época do Senhor Feudal , os pais contavam a mesma história com um final trágico: Chapéuzinho saia para o bosque e era devorada pelo lobo mau, FIM! Isso era um alerta dos pais para que as meninas tomassem cuidado ao sair de casa e ficassem protegidas do Senhor Feudal que tinha direito da primeira noite com todas as moças.
A versão foi apresentada pelo escritor Moacyr Scliar, durante a palestra de encerramento da Semana Acadêmica de Comunicação na UDC. Além de escritor, Scliar é médico,articulista da Folha de São Paulo e Zero Hora, e membro da Academia Brasileira de Letras.
A utilização de histórias infantis durante a palestra foi para explicar que a literatura começa por um processo que tem a ver com a natureza mais íntima do ser-humano, que é contar história , transmitindo emoções.O escritor falou sobre estudos que comprovam a utilidade dos contos de fadas para as crianças vivenciarem seus conflitos.
O articulista considera o jornalismo um espaço literário e citou a crônica como prova dessa tese, onde é possivel o uso da primeira pesssoa. Credita ao jornalismo o aprendizado sobre a data de entrega e o tamanho dos textos. Lembrou de um encontro com Luiz Fernando Veríssimo onde Sclair o questinou sobre qual seria sua fonte de inspiração. A resposta de Veríssimo foi: "a data de entrega".O palestrante lembrou que com a invenção da imprensa, o livro tornou-se indispensável para a cultura mundial e também citou a Revolução Francesa como o evento mais importante para o surgimento do jornalismo.
Sobre o atual ensino de literatura nas escolas o escritor é categórico: " Literatura é muito mais do que um currículo escolar, é sim prazer e emoção,o leitor que não tiver esses sentimentos não irá aprender" -concluiu. Scliar considera a possibilidade da utilização de textos dos jornais no ensino, principalmente em escolas públicas, onde a dificuldade financeira para aquisição dos livros é maior.
Por escrever livros e também para um jornal, quando questionado sobre qual das duas funções seria a mais prazerosa, o articulista explicou: " Com o livro não há tanta preocupação, ele dá asas à sua imaginação,apesar de que muito mais leitores lerão o texto do jornal, essa leitura não terá a mesma profundidade", e complementou : " Não há escritor que não seja leitor".

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Da tecnologia para a criatividade

Após ouvirem a novidades da tv Digital, na mesma noite de 06/11 os acadêmicos de comunicação receberam do Relações Públicas do Mundo RP Rodrigo Cogo orientações para ações de Planejamento e Marketing Cultural. O gaúcho de Santa Maria, enfatizou a importância de um bom planejamento em qualquer projeto de comunicação elaborado pelo profissional de comunicação, principalmente através de muitas pesquisas.Durante a palestra, o RP apresentou alguns projetos desenvolvidos para divulgações e frisou a importancia da inovação no trabalho de comunicação. Para Cogo, inovar seria colocar a criatividade em prática e fugir da tendência dos pensamentos lineares (todo mundo pensando igual).Mas à depender da empresa e do veículo utilizado para passar alguma informação até o mais comum pode tornar-se o mais original.
O marketing cultural foi citado como ação de pessoas objetivadas em envolver outras pela emoção segundo o profissional.Esse tipo de marketing pode ser realizado com um custo bem menor por serem ações cooperadas: veicula-se marcas em troca da viabilização de determinado evento. O RP lembrou que as promoções de maior memorização são as ações de lazer e é assim com o marketing cultural.
O maior exemplo dessa afirmação foi a marca de cigarros Free.Antigamente ela era lembrada como sinal de descontração, irreverência e liberdade pelo fato de ter patrocinado o Free Jazz Festival. Um produto que não poderia lembrar outra coisa senão a morte, conseguiu mudar essa concepção ao associar-se a um evento cultural com proposta positiva.

Cogo afirmou que o grande diferencial de uma marca hoje no mercado também é a expansão da responsabilidade social e frisou a importância de não se fazer apenas publicidade , mas também patrocinios. Mas não uma falsa responsabilidade social como no anúncio acima, do tipo: "Viu como somos uma empresa socialmente responsável e orientamos bem a nossa clientela?"
" O profissional de comunicação à partir de sua formação deve deixar de ser normal" - disse o palestrante. A justificativa para tal afirmação seria a mudança no olhar de um comunicador ao ler um jornal,por exemplo , para identificar algum detalhe que resulte em um novo tipo de comunicação.

O fim do bombril na antena de tv


A primeira palestra no dia 06/11 da semana acadêmica de comunicação foi do diretor de Engenharia da RPC, Ênio Sergio Jacomino. O tema era a Tv Digital.O palestrante procurou abordar as principais mudanças com a implantação de mais uma tecnologia e lembrou a crescente dificuldade diante das restrições dos recursos da tv analógica. Mas por pelo menos 10 anos, em um período experimental, a analógica e digital deverão transmitir a mesma programação.E nesse perído existirão poucos receptores.

A RPC deverá contar com sinal digital à partir do segundo semestre de 2008.

Quanto as vantagens da tv digital o diretor citou:

- maior mobilidade , os televisores poderão estar dentro de vãs, trens,metrôs.

- será possível assistir tv pelo celular.A imagem não virá pela linha do celular e sim através de um receptor, nada comparável com as ofertas de dowloads feitas pelas operadoras hoje.

- Imagens sem ruídos

-Som cd 5.1 canais

- A grande interatividade que outras mídias têm mais acesso, acontecerá tambem na digital. Através do controle remoto o telespectador poderá acessar a sinopse do capitulo de uma novela,informações sobre o autor e atores por exemplo, ou informações durante uma partida de futebol.

- Existirá um canal de compras onde inclusive será possivel comprar um modelo usado por uma atriz na novela. Essa interação seria mais complexa porque precisará de um canal de retorno para fornecimento de maiores informações sobre a compra.

- O telespectador poderá através de um guia eletronico informar-se de toda a programação.

Jacomino foi realista ao lembrar a principal mudança necessária para que todas essas vantagens possam realmente tornar-se realidade: educar o telespectador.

Se as instalações dos receptores não estiverem em plena qualidade não existirá o "jeitinho brasileiro" para que a imagem apareça,como o velho bombril na antena da tv analógica.

Pela grande abrangência da tv digital outros ajustes precisarão ser realizados, para que o telespectador não perca o sinal ao passar por um túnel ou qualquer outro lugar onde os sinais não estejam devidamente instalados: "As pessos sairão dos sofás e poderão assistir tv em qualquer lugar, mas a implantação deverá acontecer aos poucos ,objetivando levantamentos e soluções para os problemas"finalizou Jacomino.

Jornalismo Investigativo na tv

O título acima foi o tema de uma das três oficinas do primeiro dia da Semana Acadêmica de Comunicação Social.
Cristina Loose,produtora executiva da RPC (Tv Cataratas) esteve mostrando aos alunos algumas matérias investigativas veiculadas nos últimos anos. A maioria das reportagens referiam-se ao contrabando na fronteira. Por ser um tema polêmico houve boa interação entre a jornalista e os acadêmicos. Por diversas vezes Loose foi questionada em relação a postura do repórter frente as dificuldades em matérias desse teor.Deixou claro as grandes dificuldades que a equipe enfrenta para obter uma entrevista reveladora e reforçou a tese da grande importância das checagens de informações.
Críticas não faltaram ao trabalho jornalístico realizado pela RPC na fronteira.
Um dos acadêmicos presente citou a RPC como grande aliada dos órgãos federais no combate ao contrabando, por veicular, inclusive em rede nacional várias reportagens denunciando a existencia de sacoleiros. Diante dessa afirmação , a produtora afirmou: " É, tem gente até que diz que somos contratados da Estrela" - disse, entre risos.
Pelos relatos de Loose, ficou clara a grande cooperação existente entre a equipe de rua, onde repórter, cinegrafista e inclusive o motorista acabam opinando na busca pelo melhor resultado.
O diretor da penitenciária de Foz do Iguaçu, Alexandre Calixto, presente na ocasião, questionou a profissional quanto as novas regras para a realização de reportagens onde a captação de som ou imagem é feita sem que a pessoa seja informada. A jornalista disponibilizou aos presentes as novas regras impostas por lei para essas situações.
Foram sentidas as ausencias dos cinegrafistas Giovani Silva,Mariano Bogado e Zito Terres que poderiam ter enriquecido a oficina com depoimentos de suas rotinas.
Diante de muitas perguntas a produtora fez questão de finalizar a oficina deixando o seguinte recado: " Nenhum sacríficio vale uma vida ou a vida da sua família"-enfatizou.

ABERTURA DA SEMANA ACADÊMICA DE COMUNICAÇÃO


Esse ano a semana acadêmica de comunicação começou um pouco diferente. Empenhados na divulgação da 2º Festa Kitsch, que acontecerá no dia 14 de novembro e terá a renda revertida para o LACA(Lar de Apoio as Crianças e Adolescentes de Foz do Iguaçu) os acadêmicos de comunicação fizeram um desfile . O evento serviu para que as pessoas pudessem ter uma idéia do que é o Kitsch.

Irreverência, descontração não faltaram. A única coisa que faltou foi a vergonha. Timidez naquela noite todos trataram de deixar em casa e viajaram para um universo onde cada um assumiu a personalidade desejada. Uns foram Marilyn Monroe, outros Carmem Miranda, até o Agostinho da Grande Família pintou por lá.

Mas também foi possível uma própria imitação, onde o que valeu foi estravazar a vontade de brilhar além do normal, de ser ao menos por uma noite, menos escravo dos conceitos de generalização(todo mundo igualzinho com medo de cair no ridículo). NADA DISSO!! Alí cada um fez a sua moda e mostrou a quem estava presente que ser Kitsch é ser FELIZ!!!

domingo, 4 de novembro de 2007

Acadêmicos de comunicação visitam Itaipu


Além da visita às instalações alunos puderam saber mais sobre a comunicação interna e externa da usina

Edla Mattoso

Um sábado diferente para os alunos da UDC do curso de Comunicação. Coordenados pela professora Sonia Mendonça, as turmas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas puderam conhecer um pouco mais do funcionamento da usina Hidrelétrica de Itaipu. Focados em suas disciplinas procuraram extrair o máximo de informações, principalmente no que diz respeito ao funcionamento da comunicação dentro de um complexo tão gigantesco.
O grupo foi recebido pela relações públicas Marta Costar, Claudio Benetta, responsável pela divisão de Imprensa e Terezinha Crauspenhar que foi a orientadora da visita às instalações.
A primeira atividade foi uma breve palestra sobre a organização da empresa. Marta Costar, a responsável pelas visitas institucionais e outros eventos falou sobre as noticias veiculadas na mídia e o pouco investimento em publicidade: “A Itaipu não um grande anunciante, talvez sejamos os únicos que não precisamos de publicidade para vender nosso produto que é a energia elétrica” – afirmou. A empresa estaria mais para propaganda do que para publicidade, sendo algo mais diário como banners, panfletagem segundo a RP.
Costar lembrou o positivismo envolvendo qualquer veiculação na mídia sobre a usina e apenas lamentou o mesmo não acontecer do lado paraguaio que por questões políticas acabam impedindo a mesma tranqüilidade.
Em seguida foram exibidos alguns slides apresentando os objetivos da assessoria de comunicação social e toda a hierarquia da empresa. Costar fez questão de lembrar que as decisões são sempre tomadas partindo de um diretor brasileiro e outro paraguaio, fazendo jus ao termo Binacional.
A comunicação interna acontece através da intranet, do jornal eletrônico (JIE) e do jornal mural (JIM). Claudio Benetta afirmou que o JIE está em constante reformulação buscando sempre a maior interatividade. As atualizações são feitas duas vezes por dia e os avisos vão por e-mail para os funcionários. As mesmas noticias do jornal eletrônico vão para o jornal mural:” Procuramos incentivar a participação do funcionário em todos os recursos oferecidos no JIE”–explicou.


Uma área onde “dinamismo” é a palavra chave
Marta Costar revelou a dificuldade referente ao acúmulo de funções para os funcionários de comunicação: “Nós somos responsáveis por todos os eventos da Eletrobrás em Foz, que é dona de 50% da Itaipu e esses eventos duplicaram-se nos últimos tempos” – confidenciou. A equipe é formada por dois jornalistas e dois estagiários. Em janeiro mais dois jornalistas concursados serão integrados a equipe para melhorar principalmente a comunicação externa.
As visitas institucionais não têm um programa definido segundo Costar. A RP não sabia a procedência dos visitantes e, além disso, surgiram as demandas das escolas públicas, visitas essas que não deveriam ser cobradas. Por esse motivo foi necessário realizar uma maior organização. A maior preocupação é com a segurança do trabalho operacional que segundo as regras deveria haver um acompanhante para cada visitante.
Mesmo não tendo obrigatoriedade, a Itaipu procura seguir sempre as regras de licitação. Isso provoca uma demora em qualquer compra que a empresa realiza. Um exemplo é o novo vídeo que já está pronto e não pode ser apresentado porque o novo equipamento que foi comprado ainda não chegou o que deve acontecer dentro de dez dias.
Mesmo sobrecarregados os profissionais de comunicação da Itaipu procuraram apresentar alguns projetos nos últimos tempos como:
- coleta seletiva apropriada à empresa
- implantação da reciclagem de todas as lâmpadas
- Coleta voluntária entre os funcionários para doação ao hospital Ernesto Geiser
- Semana interna de prevenções de acidentes
Quando questionada sobre a responsabilidade social da empresa, Costar afirmou que para isso existe uma assessoria em Curitiba e concluiu a palestra esclarecendo que apesar do grande propósito de organização, a parte de comunicação da Itaipu não foge a regra que todos os profissionais da área já conhecem: “Tudo tem que acontecer muito rápido, muito dinâmico, estamos sempre no sufoco, sobrecarregados e apesar disso precisamos seguir as regras de uma empresa que procura ser o mais transparente possível” - finalizou.
Apesar da clareza de Marta Costar quanto às dificuldades encontradas no setor de comunicação, os acadêmicos comprovaram a capacidade de organização e investimentos positivos quando começaram a ultima atividade do dia: a visita à usina.

Preocupação com o meio ambiente
Os acadêmicos foram ver a usina, acompanhados de Terezinha Crauspenhar que está na Itaipu desde 1977 quando fazia parte de uma empresa contratada e passou a ser efetivamente da Itaipu em 1996. O passeio revelou a real grandeza da obra e evidenciou muitas outras ações voltadas para a preservação da natureza. Logo no início o canal da Piracema com 10 km de extensão construído devido à preocupação com os peixes que ali viviam e tiveram uma mudança ambiental com a construção da usina. O canal foi palco do recente campeonato de canoagem que aconteceu obviamente fora do período da Piracema.
Crauspenhar lembrou que a obra em seu momento de pico chegou a mobilizar 40 mil trabalhadores ao mesmo tempo e no grande rodízio de pessoas que vinham para trabalhar na construção e acabavam desistindo, mais de 100 mil pessoas passaram por Itaipu. Pode-se observar o Bosque dos Trabalhadores, onde cada funcionário que completa 15 anos de Itaipu é convidado a plantar uma árvore, mais uma forma de compensar o que foi tirado da natureza com a construção da usina.
Um veículo movido á energia elétrica encontrava-se estacionado e pode ser observado, demonstrando a intenção do grupo em investir em mais uma medida contra a poluição ambiental.
Nas salas de controle comprovou-se novamente a correta divisão no numero de funcionários brasileiros e paraguaios. Em uma delas o tamanho impressionava e havia apenas dois funcionários novamente divididos nas duas nacionalidades. O comentário principal entre os acadêmicos era da possível monotonia daquelas duas pessoas.
Durante as três horas de visitas, o olhar do acadêmico, diferente do olhar de um turista pode registrar comprovar ou reforçar a grandiosidade no tamanho, na organização e na história da maior usina hidrelétrica do mundo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ATÉ QUE ENFIM!

E eu que pensei que ia morrer sem ver um shopping em Foz. Mas foi ontem, 31 de outubro que essa previsão foi por água abaixo. O mais engraçado é que prometi pra mim que só iria conhecer a novidade em 2008 por presumir que antes disso a quantidade de pessoas que frequentariam o local seria insuportável. QUE NADA! OUTRA PREVISÃO ERRADA! Ontem mesmo, eu e a galera do 6º jor ( e quase o resto da cidade) estávamos lá, curiosos!!! E olha, apesar do estacionamento lotado , demos nosso jeitinho e conseguimos conferir que a obra realmente é de gente grande. Os iguaçuenses mereciam né??