Mais de 30 dias após minha última postagem, deu saudade e vontade de passar por aqui. Preciso registrar o momento de plena agonia quando somos jogados no sétimo período de jornalismo e deparamos com o bicho papão do TCC. Dúvidas, insegurança...um mundo escuro à nossa frente. Isso tudo é só o início. Espero que eu possa postar no decorrer do ano alguns trabalhos que signifiquem vitória de uma batalha, porque vários trabalhos vêm pela frente. E pra finalizar, espero , principalmente, expor algumas partes do nosso TCC ( Eu, Lau e Monique), depois de vencer essa batalha final. Bola pra frente que o caminho não vai ser fácil mas espero que compensador.
Bjos e até mais.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
PRA COMEÇAR BEM 2008!!
Depois de um longo tempo,aqui estou eu de volta ao meu blog. E o que me fez reacender a vontade de postar foi um assunto até já batido mas que nessas férias ganhou maiores proporções, principalmente para quem acompanhou de perto o movimento na velha Ponte da Amizade. Sem me estender, vou resumir tudo no texto que segue de um colega que prefiro manter o codinome adotado por ele. O depoimento representa um complemento de um desabafo que já fiz aqui em uma postagem antiga. Um absurdo que continua piorando. Os meios de comunicação fazem sua trivial função. Depois de relutarem, começaram a mostrar a verdade, afinal não dava mais pra disfarçar que nada estava acontecendo. O texto não pertence a nenhum acadêmico de jornalismo, o que o permitiu fugir das regras e logicamente incluir-se no contexto.Mas, como testemunha ocular ele conseguiu transpor em palavras, exatamente o que está acontecendo na velha nova aduana brasileira.
Pra quem ainda nao leu lá vai:
Estratégia da Receita Federal
Canário Cenoura do Jardim Petrópolis
" Eu, como milhares de outros iguaçuenses atravesso a Ponte da Amizade pelo menos duas vezes no dia pois trabalho no Paraguai. Não vou falar de contrabando, primeiro porque não se apóia o ilícito e segundo porque contrabandista que se preze não paga os pecados naquela fila para documentar suas compras ou pagar o devido imposto. É até repetitivo falar do descaso com que a Receita trata as pessoas que passam por seus postos ali na Ponte da Amizade. Poucos atendentes, muita fila, sol, chuva, mau humor e por aí vai. A "cola" de carros também é vergonhosa, isso porque normalmente apesar das várias pistas, somente uma delas está aberta para fiscalização (ou seria vazão?). Depois de tantos meses se falando ou se queixando do mesmo problema, pude concluir que a situação continua assim, não por incompetência do setor público que planejou uma grande obra mas não planejou funcionários para atender a (conhecida) demanda, mas sim pela fantástica estratégia para acabar com o contrabando e descaminho na nossa fronteira. A estratégia é desestimular a visita a Foz do Iguaçu e a extensão a Ciudad Del Este. Se não tem visitante não tem contrabando, não tem fila, o serviço é bom, tudo é perfeito. Concorda?Homens do turismo, forças municipais, abram o olho! "
Pra quem ainda nao leu lá vai:
Estratégia da Receita Federal
Canário Cenoura do Jardim Petrópolis
" Eu, como milhares de outros iguaçuenses atravesso a Ponte da Amizade pelo menos duas vezes no dia pois trabalho no Paraguai. Não vou falar de contrabando, primeiro porque não se apóia o ilícito e segundo porque contrabandista que se preze não paga os pecados naquela fila para documentar suas compras ou pagar o devido imposto. É até repetitivo falar do descaso com que a Receita trata as pessoas que passam por seus postos ali na Ponte da Amizade. Poucos atendentes, muita fila, sol, chuva, mau humor e por aí vai. A "cola" de carros também é vergonhosa, isso porque normalmente apesar das várias pistas, somente uma delas está aberta para fiscalização (ou seria vazão?). Depois de tantos meses se falando ou se queixando do mesmo problema, pude concluir que a situação continua assim, não por incompetência do setor público que planejou uma grande obra mas não planejou funcionários para atender a (conhecida) demanda, mas sim pela fantástica estratégia para acabar com o contrabando e descaminho na nossa fronteira. A estratégia é desestimular a visita a Foz do Iguaçu e a extensão a Ciudad Del Este. Se não tem visitante não tem contrabando, não tem fila, o serviço é bom, tudo é perfeito. Concorda?Homens do turismo, forças municipais, abram o olho! "
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Oieeee!!
Bom gente, eu não sumi não. Mas como a maioria, férias por enquanto só da faculdade. E parece que tudo conspira para um equilibrio (desiquilibrado). O trabalho tá pesado, ando sem tempo pra respirar. Os amigos que aparecem as vezes no msn podem comprovar isso. Mas é assim mesmo, férias gerais estão chegando e aí é outra história. Não tenho andado por aqui, preciso desse tempo, mas não vou abandonar um lugarzinho especial que o Toni nos fez criar. Eu volto!!
Bjos galera e boas férias!!!!
Bjos galera e boas férias!!!!
sábado, 1 de dezembro de 2007
O encontro com o Blog
Edla Mattoso
Entre a teoria e a prática, novas descobertas
No sexto periodo do jornalismo fomos apresentados ao mundo do Blog. A maioria já conhecia obviamente essa ferramenta da internet, mas poucos o tinham ou se quer sabiam criá-lo.
As aulas começaram tímidas, com problemas, principalmente ,na liberação dessa ferramenta, geralmente bloqueada nas instituições. Enquanto a liberação não vinha fomos apresentados à textos de autores como Marcos Palácios, Umberto Eco e Luciana Mielniczuk, todos tratando da mídia digital e algum mais voltado para a Blogosfera.
A teoria obviamente adicionou conhecimentos. Palácios , por exemplo, ironizou alguns jornalistas que “ apenas simulam fazer Blogs”. Para ele o que ocorre é uma apropriação das informações de fontes encontradas naBlogosfera e que os leitores menos avisados nem percebem.
Luciana Mielniczuk procurou através de sua tese definir alguns termos, estabelecer categorias que descrevam melhor as nomenclaturas utilizadas nos jornais da internet. Foram citados: Jornalismo Eletronico, Jornalismo Digital ou Jornalismo Multimídia, Ciberjornalismo, Jornalismo online e Webjornalismo, todos devidamente explicados mediante estudos e pesquisas realizadas por Mielniczuk.
0 texto de Umberto Eco questiona a importância e a diferença de um computador perante um livro. A importância do uso correto e conscicente, enfatizando que no computador tudo acontece através das palavras: “ Se a tv pode ser considerada como um tipo de janela ideal através da qual vê-se o munto todo sob a forma de imagens, a tela do computador é um livro ideal que se lê sobre o mundo na forma de palavras e páginas”. Eco cita várias vantagens dos livros perante o computador e realmente nos levou a reflexões. Lembrou de McLuhan afirmando sobre vivermos em uma “Aldeia Global Eletrônica” e discordou sobre a palavra “Aldeia”, que significaria um povoado onde as pessoas interagem diretamente, fato não ocorrido no ambiente digital. Solidão, falta de habilidades para escolher e discriminar uma fonte confiável de outra não confiável foram apenas alguns dos pontos negativos citados pelo autor na comparação cibernética e literária. O texto mais reflexível do semestre termina com uma falsa intenção de engradecimento de uma qualidade não presente nos livros: a possível interatividade em um romance hipertextual, como ,por exemplo, mudar o final de um livro de Guerras, matar ou salvar quem se pretende.Essa intenção desmorona com a última frase de Umberto Eco: “ Para sermos pessoas livres, precisamos também aprender lições sobre Vida e Morte,e apenas os livros ainda nos presenteiam com esta sensatez”-conclui.
Teorias à parte, o grande marco do semestre foi sem dúvida a criação dos blog´s por parte dos acadêmicos. Quem já estava inserido nesse universo, aperfeiçoou-se e quem nem sonhava com a liberdade de expressão através do cyber-espaço pode ter o gostinho de testar a própria capacidade da escrita.
Interação, novas descobertas de talentos antes escondidos e coragem despertadas pela nova ferramenta fizeram parte desses acontecimentos que marcam uma vida acadêmica. Para quem ainda não está inserido na profissão, ficou a lição do que é possível, do que a prática alcança e da superação de limites!
Sem dúvida foi de suma importância esse passo. Quando eu não postava, sentia que algo estava errado, que havia uma cobrança imaginária de uma ferramente que eu criei e que deveria dar a ela o funcionamento adequado.
Por toda a dedicação possivel que procurei dispensar na disciplina de novas mídias , concluo que mereço nota 10!
Obrigada mais uma vez pela colaboração professor Toni! E até o semestre que vem!
Entre a teoria e a prática, novas descobertas
No sexto periodo do jornalismo fomos apresentados ao mundo do Blog. A maioria já conhecia obviamente essa ferramenta da internet, mas poucos o tinham ou se quer sabiam criá-lo.
As aulas começaram tímidas, com problemas, principalmente ,na liberação dessa ferramenta, geralmente bloqueada nas instituições. Enquanto a liberação não vinha fomos apresentados à textos de autores como Marcos Palácios, Umberto Eco e Luciana Mielniczuk, todos tratando da mídia digital e algum mais voltado para a Blogosfera.
A teoria obviamente adicionou conhecimentos. Palácios , por exemplo, ironizou alguns jornalistas que “ apenas simulam fazer Blogs”. Para ele o que ocorre é uma apropriação das informações de fontes encontradas naBlogosfera e que os leitores menos avisados nem percebem.
Luciana Mielniczuk procurou através de sua tese definir alguns termos, estabelecer categorias que descrevam melhor as nomenclaturas utilizadas nos jornais da internet. Foram citados: Jornalismo Eletronico, Jornalismo Digital ou Jornalismo Multimídia, Ciberjornalismo, Jornalismo online e Webjornalismo, todos devidamente explicados mediante estudos e pesquisas realizadas por Mielniczuk.
0 texto de Umberto Eco questiona a importância e a diferença de um computador perante um livro. A importância do uso correto e conscicente, enfatizando que no computador tudo acontece através das palavras: “ Se a tv pode ser considerada como um tipo de janela ideal através da qual vê-se o munto todo sob a forma de imagens, a tela do computador é um livro ideal que se lê sobre o mundo na forma de palavras e páginas”. Eco cita várias vantagens dos livros perante o computador e realmente nos levou a reflexões. Lembrou de McLuhan afirmando sobre vivermos em uma “Aldeia Global Eletrônica” e discordou sobre a palavra “Aldeia”, que significaria um povoado onde as pessoas interagem diretamente, fato não ocorrido no ambiente digital. Solidão, falta de habilidades para escolher e discriminar uma fonte confiável de outra não confiável foram apenas alguns dos pontos negativos citados pelo autor na comparação cibernética e literária. O texto mais reflexível do semestre termina com uma falsa intenção de engradecimento de uma qualidade não presente nos livros: a possível interatividade em um romance hipertextual, como ,por exemplo, mudar o final de um livro de Guerras, matar ou salvar quem se pretende.Essa intenção desmorona com a última frase de Umberto Eco: “ Para sermos pessoas livres, precisamos também aprender lições sobre Vida e Morte,e apenas os livros ainda nos presenteiam com esta sensatez”-conclui.
Teorias à parte, o grande marco do semestre foi sem dúvida a criação dos blog´s por parte dos acadêmicos. Quem já estava inserido nesse universo, aperfeiçoou-se e quem nem sonhava com a liberdade de expressão através do cyber-espaço pode ter o gostinho de testar a própria capacidade da escrita.
Interação, novas descobertas de talentos antes escondidos e coragem despertadas pela nova ferramenta fizeram parte desses acontecimentos que marcam uma vida acadêmica. Para quem ainda não está inserido na profissão, ficou a lição do que é possível, do que a prática alcança e da superação de limites!
Sem dúvida foi de suma importância esse passo. Quando eu não postava, sentia que algo estava errado, que havia uma cobrança imaginária de uma ferramente que eu criei e que deveria dar a ela o funcionamento adequado.
Por toda a dedicação possivel que procurei dispensar na disciplina de novas mídias , concluo que mereço nota 10!
Obrigada mais uma vez pela colaboração professor Toni! E até o semestre que vem!
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
THE END!
Como prometido, aqui vai o final da história da Mariazinha:
A cirurgia foi um sucesso e ela foi pra casa logo no dia seguinte. No último domingo ela precisava voltar para o Maranhão. A guia da excursão disse que não tinha condições de levá-la , pois o onibus estava carregado e ela não iria conseguir se locomover. O jeito era arcarmos com uma passagem aérea pra ela. A reação imediata de Mariazinha foi negar a oferta pelo medo que têm de avião. Disse que não ia nem morta rsss.Resolveu que queria uma passagem de onibus convencional ( 3 dias de viagem). Só pediu para que comprássemos também uma para a amiga acompanhá-la na longa viagem. Atendemos seu pedido e lá se foi Mariazinha, voltar pra sua terra com muita novidade pra contar e, esperamos nós, sem maiores complicações pelo ocorrido.
A cirurgia foi um sucesso e ela foi pra casa logo no dia seguinte. No último domingo ela precisava voltar para o Maranhão. A guia da excursão disse que não tinha condições de levá-la , pois o onibus estava carregado e ela não iria conseguir se locomover. O jeito era arcarmos com uma passagem aérea pra ela. A reação imediata de Mariazinha foi negar a oferta pelo medo que têm de avião. Disse que não ia nem morta rsss.Resolveu que queria uma passagem de onibus convencional ( 3 dias de viagem). Só pediu para que comprássemos também uma para a amiga acompanhá-la na longa viagem. Atendemos seu pedido e lá se foi Mariazinha, voltar pra sua terra com muita novidade pra contar e, esperamos nós, sem maiores complicações pelo ocorrido.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Uma tarde com Mariazinha
Parece redundante , mas nossa vidinha é realmente imprevisível. Confiamos muito que nosso dia se repetirá mais ou menos como o anterior...ledo engano.
Relato de uma tarde diferente:
Saio tranquilamente do meu trabalho com meu excelentíssimo ao volante. Um pouco abaixo da Monalisa,no Paraguai, em velocidade bem pequena (por sorte), eis que surge do nada uma senhora de cabeça baixa em plena avenida na frente do nosso carro. Barulho...susto....o Rada (lê-se meu marido) pára o carro e eu fecho os olhos, não saio do lugar. Em segundos a multidão se aglomera ao redor da "vítima" . Eu ainda sem coragem de ir olhar, deixei que o Rada visse o que realmente aconteceu, qual era a gravidade. Somente quando ouvi ele falar que foi só no pé, tomei coragem e fui ver as consequências da batida. Sangue não havia, mas a pequena senhora, que já tinha uma deficiencia física de nascença gemia de dor deitada no asfalto. O Rada não sabia o que fazer, porque a princípio não sabia se era paraguaia e se o correto era chamar um socorro para não piorar a situação ao mexer nela de maneira errada. Até que ele acordou, estava em CIUDAD DEL ESTE, lá não tem SIATE, infelizmente. Nesse momento chegou a única parente daquele senhora que tinha visto toda a cena e já chegou exclamando: "Mariazinha, por que vc se afastou de mim, vc sabe que não pode andar sozinha, eu vi vc entrando na frente do carro!" -gritava.
Nisso, ajudados pela parentesca colocamos Mariazinha no carro e fomos para o Hospital Costa Cavalcante. Lá procuramos atendimento do Sus, mas logo recebemos resposta negativa, então a encaminhamos particular mesmo.
Ficamos lá esperando o resultado do raio x, porque na verdade estávamos confiantes que seria apenas uma torção, até pelo comportamento da vítima que parecia controlada. Mas o resultado foi bem diferente: Mariazinha quebrou o tornozelo, era tudo muito mais sério do que esperávamos. O que parecia ter hora marcada pra acabar, começou alí.
Procuramos saber quem era exatamente Mariazinha: Uma senhora de 38 anos, do Maranhão, que enfrenta todo mês umaviagem longa de excursão , para comprar uma em torno de R$ 3000 de isqueiros e outras quinquilharias para revender no interior do Maranhão a fim de sustentar a avó e um sobrinho que moram com ela.
Mesmo diante do diagnóstico preocupante, pois somavam-se aos problemas que ela já tinha, como osteoporose, o choro passou a ser de desespero para voltar pra casa e poder dar continuidade ao comércio que lhe rendia uma renda mínima,mas totalmente fundamental.
O médico nos deixou claro que com as condiçoes de Mariazinha , facilmente ocorreria uma trombose no local e o perigo de perder a perna era eminente.
Diante dessa afirmação, meu marido a internou e na mesma noite foi feita a cirurgia. Ela está se recuperando bem e logo deve retornar à sua rotina.
Conviver com tal situação faz qualquer um refletir sobre as diferenças sócio-econômicas, sobre os sacrificios que alguns precisam fazer para sobreviver. Deprimente, ver aquela pessoa que mesmo antes do episódio nos envolvendo, necessitava de cuidados especiais, levando uma vida daquela. E a maior preocupação dela era sempre voltar pra casa e principalmente continuar com suas atividades.Não saber que existem milhares de Mariazinhas no Brasil seria muita alienação, mas acompanhar todo o fato é bem diferente de discursos imaginários sobre essas duras realidades.
Mariazinha do Maranhão, uma figura que mudou a nossa e a própria rotina em segundos, está se recuperando. Estamos fazendo todo o possível pra isso. E se esse episódio tiver uma continuação importante, relatarei futuramente nesse blog.
Relato de uma tarde diferente:
Saio tranquilamente do meu trabalho com meu excelentíssimo ao volante. Um pouco abaixo da Monalisa,no Paraguai, em velocidade bem pequena (por sorte), eis que surge do nada uma senhora de cabeça baixa em plena avenida na frente do nosso carro. Barulho...susto....o Rada (lê-se meu marido) pára o carro e eu fecho os olhos, não saio do lugar. Em segundos a multidão se aglomera ao redor da "vítima" . Eu ainda sem coragem de ir olhar, deixei que o Rada visse o que realmente aconteceu, qual era a gravidade. Somente quando ouvi ele falar que foi só no pé, tomei coragem e fui ver as consequências da batida. Sangue não havia, mas a pequena senhora, que já tinha uma deficiencia física de nascença gemia de dor deitada no asfalto. O Rada não sabia o que fazer, porque a princípio não sabia se era paraguaia e se o correto era chamar um socorro para não piorar a situação ao mexer nela de maneira errada. Até que ele acordou, estava em CIUDAD DEL ESTE, lá não tem SIATE, infelizmente. Nesse momento chegou a única parente daquele senhora que tinha visto toda a cena e já chegou exclamando: "Mariazinha, por que vc se afastou de mim, vc sabe que não pode andar sozinha, eu vi vc entrando na frente do carro!" -gritava.
Nisso, ajudados pela parentesca colocamos Mariazinha no carro e fomos para o Hospital Costa Cavalcante. Lá procuramos atendimento do Sus, mas logo recebemos resposta negativa, então a encaminhamos particular mesmo.
Ficamos lá esperando o resultado do raio x, porque na verdade estávamos confiantes que seria apenas uma torção, até pelo comportamento da vítima que parecia controlada. Mas o resultado foi bem diferente: Mariazinha quebrou o tornozelo, era tudo muito mais sério do que esperávamos. O que parecia ter hora marcada pra acabar, começou alí.
Procuramos saber quem era exatamente Mariazinha: Uma senhora de 38 anos, do Maranhão, que enfrenta todo mês umaviagem longa de excursão , para comprar uma em torno de R$ 3000 de isqueiros e outras quinquilharias para revender no interior do Maranhão a fim de sustentar a avó e um sobrinho que moram com ela.
Mesmo diante do diagnóstico preocupante, pois somavam-se aos problemas que ela já tinha, como osteoporose, o choro passou a ser de desespero para voltar pra casa e poder dar continuidade ao comércio que lhe rendia uma renda mínima,mas totalmente fundamental.
O médico nos deixou claro que com as condiçoes de Mariazinha , facilmente ocorreria uma trombose no local e o perigo de perder a perna era eminente.
Diante dessa afirmação, meu marido a internou e na mesma noite foi feita a cirurgia. Ela está se recuperando bem e logo deve retornar à sua rotina.
Conviver com tal situação faz qualquer um refletir sobre as diferenças sócio-econômicas, sobre os sacrificios que alguns precisam fazer para sobreviver. Deprimente, ver aquela pessoa que mesmo antes do episódio nos envolvendo, necessitava de cuidados especiais, levando uma vida daquela. E a maior preocupação dela era sempre voltar pra casa e principalmente continuar com suas atividades.Não saber que existem milhares de Mariazinhas no Brasil seria muita alienação, mas acompanhar todo o fato é bem diferente de discursos imaginários sobre essas duras realidades.
Mariazinha do Maranhão, uma figura que mudou a nossa e a própria rotina em segundos, está se recuperando. Estamos fazendo todo o possível pra isso. E se esse episódio tiver uma continuação importante, relatarei futuramente nesse blog.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
WEBJORNALISMO: ATRATIVOS E FUTURO
Profissionais das áreas de Tecnologia de Informação e Comunicação Social analisam os segredos de atratividade e os caminhos que tomarão esse segmento surgido nos anos 90
Por Edla Mattoso
“Me lembra notícia quentinha”! Essa foi a primeira frase ouvida durante as pesquisas para essa matéria sobre jornalismo na web. A afirmação foi do profissional de T.I (Tecnologia de informação), Eder Nicolau Cardoso que, nesse caso, depõe como leitor assíduo da internet até pela exigência da profissão. Ouvir o leitor permite-nos identificar melhor quais seriam os principais atrativos na busca constante pelo público on- line. Não seria o caso de acabar com os adeptos às grandes páginas impressas, mas apenas conquistar uma fatia considerável desse mercado objetivando a consolidação já obtida, mas sempre necessitada de inovações.
Para Cardoso, que vive inserido no mundo da tecnologia, o segredo de atratividade das notícias na web é a própria natureza do meio, com possibilidades de hyperlinks e o formato multimídia das páginas, agregando uma interatividade que amplia em muito o entendimento e inter-relacionamento entre os assuntos das matérias: “A possibilidade de com um simples clique, você assistir no momento (sem hora marcada) e quantas vezes quiser, a uma reportagem, ou ainda rever históricos de notícias ou ocorrências relacionadas ao mesmo assunto, trazem facilidade e comodidade ao leitor ”-define. O profissional ainda cita como diferencial a diversidade e o volume de informações disponíveis como: agências de notícias, indicadores econômicos ou de mercado on-line, informações que no mundo pré-internet eram exclusivas de assinantes ou acesso restrito.
O analista de Comunicação Social, Marcus Carvalho (http://blogdomarcuscarvalho.blogspot.com), pós-graduado em Comunicação nas Organizações pela Universidade Católica de Brasília (DF) lembra que mesmo em um ambiente tão democrático, é importante seguir algumas regras também respeitadas em outras mídias. Carvalho cita os Manuais de Redação, Códigos de Ética e Conduta, entre tantas outras dicas para formatar um texto na internet e respeitar o leitor, anunciantes, investidores, entre outros envolvidos, como regras que não podem ser ignoradas. Sobre as principais mudanças ocorridas desde o surgimento até o hoje, o profissional aponta a própria rotina jornalística de produção, apuro da informação e a difusão da notícia: “O jornalismo on-line não diminuiu o jornalismo impresso, mas o modificou a uma adaptação constante, fazendo repensar seus discursos e exigindo novos requisitos de seus profissionais”-afirma.
Para o analista, o grande diferencial no webjornalismo é a busca pela informação de várias maneiras e utilizando diversas fontes, (seja no próprio ambiente da web, como em um blog ou uma comunidade no Orkut ou mesmo com seus usuários) e a interatividade entre o leitor e o jornalista, onde a mesma relação pode quase que instantaneamente, definir o rumo de uma notícia que foi veiculada pela manhã e alterada até o final do dia, ou se transformar em capa principal no dia seguinte: “Essa relação é o grande diferencial para conquistar novos leitores, tornando a notícia mais próxima da realidade do leitor” completa.
Para Cardoso, que vive inserido no mundo da tecnologia, o segredo de atratividade das notícias na web é a própria natureza do meio, com possibilidades de hyperlinks e o formato multimídia das páginas, agregando uma interatividade que amplia em muito o entendimento e inter-relacionamento entre os assuntos das matérias: “A possibilidade de com um simples clique, você assistir no momento (sem hora marcada) e quantas vezes quiser, a uma reportagem, ou ainda rever históricos de notícias ou ocorrências relacionadas ao mesmo assunto, trazem facilidade e comodidade ao leitor ”-define. O profissional ainda cita como diferencial a diversidade e o volume de informações disponíveis como: agências de notícias, indicadores econômicos ou de mercado on-line, informações que no mundo pré-internet eram exclusivas de assinantes ou acesso restrito.
O analista de Comunicação Social, Marcus Carvalho (http://blogdomarcuscarvalho.blogspot.com), pós-graduado em Comunicação nas Organizações pela Universidade Católica de Brasília (DF) lembra que mesmo em um ambiente tão democrático, é importante seguir algumas regras também respeitadas em outras mídias. Carvalho cita os Manuais de Redação, Códigos de Ética e Conduta, entre tantas outras dicas para formatar um texto na internet e respeitar o leitor, anunciantes, investidores, entre outros envolvidos, como regras que não podem ser ignoradas. Sobre as principais mudanças ocorridas desde o surgimento até o hoje, o profissional aponta a própria rotina jornalística de produção, apuro da informação e a difusão da notícia: “O jornalismo on-line não diminuiu o jornalismo impresso, mas o modificou a uma adaptação constante, fazendo repensar seus discursos e exigindo novos requisitos de seus profissionais”-afirma.
Para o analista, o grande diferencial no webjornalismo é a busca pela informação de várias maneiras e utilizando diversas fontes, (seja no próprio ambiente da web, como em um blog ou uma comunidade no Orkut ou mesmo com seus usuários) e a interatividade entre o leitor e o jornalista, onde a mesma relação pode quase que instantaneamente, definir o rumo de uma notícia que foi veiculada pela manhã e alterada até o final do dia, ou se transformar em capa principal no dia seguinte: “Essa relação é o grande diferencial para conquistar novos leitores, tornando a notícia mais próxima da realidade do leitor” completa.
FUTURO: Não pensando apenas no meio, mas principalmente, no profissional do futuro, quem ficará?
Ao falar sobre o futuro do jornalismo na internet Marcus Carvalho acredita que dois fatores permanecerão para a realização de um bom texto: as regras que já são usadas no jornalismo impresso e o bom senso para adaptá-las no ambiente virtual, onde na primeira podemos respeitar tudo o que já foi desenvolvido como o lide e outras regras que aperfeiçoam o texto para o leitor; e no segundo, um bom senso de colocar uma informação de fácil leitura e dinamicidade dentro do ambiente on-line e no formato web: “O futuro do web-jornalismo vai ser o profissional de jornalismo utilizar a própria internet como fonte e veículo de informação,além da instantaneidade da informação onde a mesma passa a ser global e diversificada”-finaliza.
Eder Cardoso, aposta mais alto nas mudanças, visualizando uma ampliação dos mecanismos de acesso e personalização das notícias de acordo com o perfil do leitor. O profissional de T.I lembra que além do computador e o celular que hoje travam uma disputa com as mídias convencionais, como televisões e jornais ou revistas impressos pela divulgação das notícias, novos veículos devem rapidamente entrar nessa competição. Cardoso cita a atuação da computação ubíqua (http://neei.uevora.pt/~jay/cubi/), que busca prover comunicação (leia-se acesso a informação e serviços) onde e quando ela seja necessária, como fator que agregará maior visibilidade e facilidade de acesso a informação: “Seria algo como receber orientações de saúde e beleza, bem como propaganda de cosméticos no espelho do banheiro; ofertas de supermercados ou aviso de validade de produtos na porta de geladeira e com um clique de confirmação receber a reposição de algum alimento que acabou; placas ou outdoors de rodovias inteligentes que fornecem a situação das estradas, rota alternativa; clima e custo de combustíveis; resumindo: a gama de opções vai aumentar consideravelmente, enfim, creio que a adesão à internet seja algo irreversível”-adianta.
Analisando as opiniões dos dois profissionais fica possível assimilar o quanto a internet foi um importante impulso para o futuro da informação e que desencadeará outras novidades. Torna-se imprescindível uma auto reavaliação do comunicador, procurando estar sempre atualizado e cada vez mais dinâmico, para poder acompanhar a evolução que não para.
Marcos Palácios, diretor da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e Professor Adjunto de Jornalismo Online e Novas Tecnologias de Comunicação sugere o site www.facom.ufba.br/jol, onde estão disponíveis materiais específicos sobre estudos do web-jornalismo. Mais uma prova de que a rede possui muitos mecanismos para trabalhos jornalísticos que poderão ser utilizados pelos atuais e futuros profissionais. Recursos esses que nunca dispensarão a importância da sabedoria do usuário, principalmente o comunicador que precisa utilizar de forma adequada e não tornar-se um copiador de trabalhos já realizados. Atualização e interesse pela pesquisa correta poderão determinar o sucesso ou não na profissão do jornalista, independente da área escolhida.
Através da Pesquisa, novas descobertas: nem todos os profissionais de comunicação COMUNICAM-SE!
Tudo parece muito fácil através da rede, mas existem algumas dificuldades que poderiam render outra matéria. Ao realizar a pesquisa com fontes da internet, muitos acadêmicos acabam decepcionando-se com a ausência do retorno. Pode-se encontrar um ponto positivo nesses obstáculos quando o estudante é obrigado a aprofundar a pesquisa com várias fontes (leia-se mandar muitos e-mails) até obter alguma resposta. Mas essa falta de cooperação dos profissionais com os acadêmicos no contato via internet é outra característica natural do meio, afinal, nos moldes antigos, o contato seria realizado por telefone, por exemplo, e seria bem mais difícil a pessoa se esquivar de responder a uma pesquisa acadêmica pertencente a sua área. Pela internet, ou ele se restringe a não responder ou manda respostas evasivas como: “Desculpe, mas não sou especialista na área”. Ao mesmo tempo é possível encontrar profissionais que, mesmo sendo especialistas em outras áreas, são antenados com a tecnologia (característica básica de quem trabalha com a comunicação) e se mostram totalmente disponíveis em repassar seus conhecimentos e opiniões.
A questão é até aonde um comunicador que expõe seu contato on-line pode eximir-se da função a que se propõe na rede, ou seja, discutir a comunicação, principalmente no meio acadêmico. Mas a atitude de algum deles representa também a frieza característica do mundo digital, de quem entra na rede sem preocupar-se com o que se espera dela, a interatividade como meio de conhecimento, mas isso já deixo como sugestão de outra pauta.
Ao falar sobre o futuro do jornalismo na internet Marcus Carvalho acredita que dois fatores permanecerão para a realização de um bom texto: as regras que já são usadas no jornalismo impresso e o bom senso para adaptá-las no ambiente virtual, onde na primeira podemos respeitar tudo o que já foi desenvolvido como o lide e outras regras que aperfeiçoam o texto para o leitor; e no segundo, um bom senso de colocar uma informação de fácil leitura e dinamicidade dentro do ambiente on-line e no formato web: “O futuro do web-jornalismo vai ser o profissional de jornalismo utilizar a própria internet como fonte e veículo de informação,além da instantaneidade da informação onde a mesma passa a ser global e diversificada”-finaliza.
Eder Cardoso, aposta mais alto nas mudanças, visualizando uma ampliação dos mecanismos de acesso e personalização das notícias de acordo com o perfil do leitor. O profissional de T.I lembra que além do computador e o celular que hoje travam uma disputa com as mídias convencionais, como televisões e jornais ou revistas impressos pela divulgação das notícias, novos veículos devem rapidamente entrar nessa competição. Cardoso cita a atuação da computação ubíqua (http://neei.uevora.pt/~jay/cubi/), que busca prover comunicação (leia-se acesso a informação e serviços) onde e quando ela seja necessária, como fator que agregará maior visibilidade e facilidade de acesso a informação: “Seria algo como receber orientações de saúde e beleza, bem como propaganda de cosméticos no espelho do banheiro; ofertas de supermercados ou aviso de validade de produtos na porta de geladeira e com um clique de confirmação receber a reposição de algum alimento que acabou; placas ou outdoors de rodovias inteligentes que fornecem a situação das estradas, rota alternativa; clima e custo de combustíveis; resumindo: a gama de opções vai aumentar consideravelmente, enfim, creio que a adesão à internet seja algo irreversível”-adianta.
Analisando as opiniões dos dois profissionais fica possível assimilar o quanto a internet foi um importante impulso para o futuro da informação e que desencadeará outras novidades. Torna-se imprescindível uma auto reavaliação do comunicador, procurando estar sempre atualizado e cada vez mais dinâmico, para poder acompanhar a evolução que não para.
Marcos Palácios, diretor da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e Professor Adjunto de Jornalismo Online e Novas Tecnologias de Comunicação sugere o site www.facom.ufba.br/jol, onde estão disponíveis materiais específicos sobre estudos do web-jornalismo. Mais uma prova de que a rede possui muitos mecanismos para trabalhos jornalísticos que poderão ser utilizados pelos atuais e futuros profissionais. Recursos esses que nunca dispensarão a importância da sabedoria do usuário, principalmente o comunicador que precisa utilizar de forma adequada e não tornar-se um copiador de trabalhos já realizados. Atualização e interesse pela pesquisa correta poderão determinar o sucesso ou não na profissão do jornalista, independente da área escolhida.
Através da Pesquisa, novas descobertas: nem todos os profissionais de comunicação COMUNICAM-SE!
Tudo parece muito fácil através da rede, mas existem algumas dificuldades que poderiam render outra matéria. Ao realizar a pesquisa com fontes da internet, muitos acadêmicos acabam decepcionando-se com a ausência do retorno. Pode-se encontrar um ponto positivo nesses obstáculos quando o estudante é obrigado a aprofundar a pesquisa com várias fontes (leia-se mandar muitos e-mails) até obter alguma resposta. Mas essa falta de cooperação dos profissionais com os acadêmicos no contato via internet é outra característica natural do meio, afinal, nos moldes antigos, o contato seria realizado por telefone, por exemplo, e seria bem mais difícil a pessoa se esquivar de responder a uma pesquisa acadêmica pertencente a sua área. Pela internet, ou ele se restringe a não responder ou manda respostas evasivas como: “Desculpe, mas não sou especialista na área”. Ao mesmo tempo é possível encontrar profissionais que, mesmo sendo especialistas em outras áreas, são antenados com a tecnologia (característica básica de quem trabalha com a comunicação) e se mostram totalmente disponíveis em repassar seus conhecimentos e opiniões.
A questão é até aonde um comunicador que expõe seu contato on-line pode eximir-se da função a que se propõe na rede, ou seja, discutir a comunicação, principalmente no meio acadêmico. Mas a atitude de algum deles representa também a frieza característica do mundo digital, de quem entra na rede sem preocupar-se com o que se espera dela, a interatividade como meio de conhecimento, mas isso já deixo como sugestão de outra pauta.
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